quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Desejos num papel




Durante um período enxergava o ontem no amanhã. Era quase previsível o que aconteceria. Não que a vida fosse monótona, sempre gostei. As mudanças eram minhas, a evolução existia, vivia as mesmas coisas de formas diferentes a cada etapa, só que dentro do mesmo contexto. Não tinha previsões de mudança de vida, de situação.

Andando lado a lado com a minha reflexão nessa última quinzena, notei que tenho sensações diferentes ultimamente. Novos desejos, interesses. O que parecia amendrontador agora é curiosidade, vontade, força. Talvez essa necessidade de sempre racionalizar as situações tenha agido sobre a minha consciência involuntariamente.

Gosto de ser racional, acho importante. Mas a voz do coração é insubstituível. Por mais que eu tente minimizá-la, ela se posiciona através do meu estômago. O problema é que minha racionalidade corre léguas da minha sensibilidade. E isso não é legal. Resolvi exercitar o balanceamento das duas e acho que to conseguindo. Não tenho mais necessidade de descobrir as respostas, não quero saber o que vai ou o que pode acontecer. Me sinto mais leve e livre, seguindo a direção da estrela que meu olho encontrar.

Medo? Tenho muitos, mas a fraqueza não é minha aliada. Pronta pra o que tiver de acontecer, com fé no coração e disposição para o novo. Frio na barriga. Vou deixando a vida correr e enquanto isso, to correndo atrás do meu sem atingir ninguém nessa caminhada. Essa paranoia de estar provando tudo o tempo todo não faz parte de mim. O mundo contemporânio estimula as pessoas a viverem assim. Sobra tempo preocupando-se com os outros e falta tempo para si. Não preciso provar que sou interessante. A descoberta despretenciosa é mais saborosa.

Quero descobrir tudo que estiver ao meu alcance, quero sentir tudo que estimular meus nervos, me der frio na barriga. Quero andar com o coração na mão e os desejos de uma menina mulher que sabe o que quer.


Vibe de Hoje: "Se liga na idéia abra a mente, deixa o reggae rolar (por aí). Quem canta se liberta, quem escuta chega perto de Jah (evoluir). Há uma nova ordem na terra vinda de outro lugar (é só sentir). Que a vida conspira a favor para quem sabe amar."