quarta-feira, 24 de agosto de 2011

O som salva!

Dizem que quando a boca fala, é porque o coração está cheio. Se o ditado estiver certo, entao, o meu deve estar vazio. Vontade de silencio, daquele tipo que te faz ate parecer ausente, mesmo estando de corpo presente, ao lado de quem esta do seu lado. Passo entao a dar espaço ao dom da audição. É bom ouvir, é bom saber ouvir. Afinal de contas, a palavra dita jamais eh retirada.

Ouvindo você descobre coisas novas, descobre ate coisas que jamais desejaria descobrir, e se descobre. Ouvindo você tem a oportunidade de compreender o que você parece para o outro, o que o outro acha que você merece ouvir. Ouvindo você tem a permissão de nao falar, e assim, nao julgar. Ouvindo você tem elementos para refletir e, se puder, evoluir.

Ouvindo eu sou feliz, principalmente quando meus ouvidos conseguem me encontrar nas frases feitas, de musicas perfeitas.




quinta-feira, 30 de junho de 2011

Sem título

É lindo perceber mudança. Eu gosto! Boa ou ruim, me agrada mesmo é perceber que eu me interesso por mim, pelo que eu sou, fui e me tornei. Preciso confessar que em algum momento da minha vida, discordei do mestre Raul e achei que esse negócio de ser metamorfose ambulante era coisa de gente sem opinião. Pobre de mim e dos meus míseros 15 anos. Mas faz parte, né? Enfim, em algum momento a coruja da sabedoria pousou do meu lado e resolveu cochichar no meu ouvido algo sobre a importância de revisitar as certezas, melhorar atitudes, aprimorar conceitos e reconsiderar posturas. Hoje, e é oportuno frisar a referência temporal, tenho constante vontade de me reinventar. Alguns refletores apontados para o pronome oblíquo utilizado. Gosto do novo que acontece de dentro para fora. Muito reboliço nas condições de temperatura e pressão do dia a dia, eu passo adiante. Não faço mesmo questão de viver pilotando um carrinho de montanha-russa. Mas isso é assunto para outro dia. Eu quero mesmo é falar dos meus dispositivos internos, e da minha vontade de reprogramá-los. Desliguei o que comanda a racionalidade, dei um turbo na emoção e fiz questão de quebrar, para não desligar tão cedo, o que diz respeito ao ato de ceder. É difícil, a tentação de querer fazer sua verdade/vontade prevalecer atormenta dia sim, dias não... mas me sentiria completa em, de coração, aceitar tudo sem julgamento. Por que ceder pra mim é isso. É ter capacidade de resolver qualquer conflito consigo, sem necessitar provar nada para ninguém e, portanto, não se importar com a carapuça de boba que as pessoas podem vestir em você. Meu sonho era que esses botões existissem de verdade, e que eu não precisasse provar da falha do meu mecanismo interno. O caso é que se fosse fácil assim se chamaria miojo e não evolução.
Hoje é um 'dia não', onde a opção de ceder é questionada. Dia de se sentir do tamanho de um caroço de azeitona, de querer desaparecer. Talvez precise melhorar a qualidade da minha cessão. Um pouco mais de sinceridade e compreensão da minha parte, e talvez não sentisse a necessidade de também ser compreendida. Whatever... que esse dia, essa sensação, esse choro acabe logo.