quinta-feira, 30 de junho de 2011

Sem título

É lindo perceber mudança. Eu gosto! Boa ou ruim, me agrada mesmo é perceber que eu me interesso por mim, pelo que eu sou, fui e me tornei. Preciso confessar que em algum momento da minha vida, discordei do mestre Raul e achei que esse negócio de ser metamorfose ambulante era coisa de gente sem opinião. Pobre de mim e dos meus míseros 15 anos. Mas faz parte, né? Enfim, em algum momento a coruja da sabedoria pousou do meu lado e resolveu cochichar no meu ouvido algo sobre a importância de revisitar as certezas, melhorar atitudes, aprimorar conceitos e reconsiderar posturas. Hoje, e é oportuno frisar a referência temporal, tenho constante vontade de me reinventar. Alguns refletores apontados para o pronome oblíquo utilizado. Gosto do novo que acontece de dentro para fora. Muito reboliço nas condições de temperatura e pressão do dia a dia, eu passo adiante. Não faço mesmo questão de viver pilotando um carrinho de montanha-russa. Mas isso é assunto para outro dia. Eu quero mesmo é falar dos meus dispositivos internos, e da minha vontade de reprogramá-los. Desliguei o que comanda a racionalidade, dei um turbo na emoção e fiz questão de quebrar, para não desligar tão cedo, o que diz respeito ao ato de ceder. É difícil, a tentação de querer fazer sua verdade/vontade prevalecer atormenta dia sim, dias não... mas me sentiria completa em, de coração, aceitar tudo sem julgamento. Por que ceder pra mim é isso. É ter capacidade de resolver qualquer conflito consigo, sem necessitar provar nada para ninguém e, portanto, não se importar com a carapuça de boba que as pessoas podem vestir em você. Meu sonho era que esses botões existissem de verdade, e que eu não precisasse provar da falha do meu mecanismo interno. O caso é que se fosse fácil assim se chamaria miojo e não evolução.
Hoje é um 'dia não', onde a opção de ceder é questionada. Dia de se sentir do tamanho de um caroço de azeitona, de querer desaparecer. Talvez precise melhorar a qualidade da minha cessão. Um pouco mais de sinceridade e compreensão da minha parte, e talvez não sentisse a necessidade de também ser compreendida. Whatever... que esse dia, essa sensação, esse choro acabe logo.