quarta-feira, 9 de junho de 2010

Toda forma de amor


‘Liberdade na vida é ter um amor para se prender’, disse o sempre lido Fabrício Carpinejar. E eu? Nada mais tenho a acrescentar a essa afirmação. Entendo que o amor possui essa capacidade. Pelo menos o meu. Liberta trazendo sentido, congrega pela liberdade e sendo assim, por si só, se multiplica. Traz significado, direção.

Hoje desejo celebrar o amor. Na verdade, brindar seria um termo mais apropriado. Ao amor nosso, que tem um aroma docinho, porém não enjoado. Que faz de todo dia feriado e de cada passo, sorriso. E, felizmente, não é aquele sorriso social necessário para sempre se mostrar bem. É o sorriso que reescreve a lógica da distância, que afasta o medo do desconhecido, que integra. O sorriso do amor que renasce a cada beijo, se transforma a cada toque, e pretende, por desejo pessoal e intransferível, se manter aceso.

Agora, meu reflexo no espelho mostra duas imagens. E ele não tem prazo de validade. Até porque não mantenho um bom relacionamento com datas e números. Nem queria. Amor não se equaciona, não é representado por tabela, nem pede permissão ao calendário. Deve ser comemorado seja um ou 31. Janeiro, março ou junho. Entretanto, aos que se depararam com a disritmia do coração, um ponto de apoio no dia 12 para, quem sabe, o renascimento.

Preciso dizer que, se eu puder te desejar algo, te desejo esse amor. Esse que nasce por si só, sem nada a receber e muito a oferecer. Tal qual um dia, numa conversa há muitos anos atrás, meu Samurai descreveu. E esse é o meu amor, o nosso amor, recíproco, que merece ser celebrado todos os dias. Afinal, não há vida que se baste sem amor, seja ele qual for.

Feliz dia dos namorados a todos os amantes e amados.
#lovYu

Trilha: “Avassalador. Chega sem avisar. Toma, assalta, atropela. Vela de incendiar. Arrebatador! Vem de qualquer lugar. Chega nem pede licença, avança sem ponderar” (Lenine)