segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Pra quem tem ogum, missão e paz


Me sinto traída por mim mesma. Minha cabeça nao está muito bem sintonizada com meu coração e foi difícil aceitar que tudo isso é um problema meu. Acredito que tudo que possuimos na vida, o que sentimos, o que somos... é fruto do que procuramos ser e fazer. Estilo 'açãoxreação' mesmo. Vc age e o universo responde promovendo situações que te façam refletir e evoluir.


Aceite que suas decisões representam o alfabeto que vai preencher a página em branco do seu dia a dia. Não suporto o tipo 'coitadeeenha', que se envolve num processo de vitimização sem fim, justificando no mundo o que não consegue enxergar em si. Não tenho medo do erro, da falha, da imaturidade. Assumo e tento mudar o que faz pesar o coração. É premissa para a evolução espiritual, moral e emocional.


Sei que meu momento é reflexo do meu modo de viver, meus conceitos. Meu relógio interior corre diferente do da maioria das pessoas e ainda não consegui acertar os ponteiros. Não nessa nova fase, de efemeridades e pouca consideração. Situações sem valor, experiências baratas. Não gosto do mais ou menos, metade me dá nos nervos, o morno é indeciso. Sei que isso não me completa, por mais que represente uma falsa sensação de prazer e felicidade momentânea. É uma situação meio contraditória... não é o desenrolar dos fatos que me incomoda, e sim, o tipo de pensamentos, os valores que as pessoas estão têm. É cômodo pegar carona nas mudanças e evoluções do mundo e levar uma vida muito menos complexa, do ponto de vista moral.
O certo é que eu nunca quis me render às facilidades do médio. Só que acabei percebendo que o morno pode pegar fogo ou congelar de acordo com a situação a que você o submete, a atenção que você dá a ele. Vi isso acontecer na minha história, só que a terceira pessoa já não era eu. Não pisei fundo, por medo, assumo. Não pude reconhecer boas intenções, consideração, admiração... sentimentos que eu prezo mesmo sendo pra encarar algo que não dá frio na barriga, e não dei bola a situação.


Isso me fez pensar em descontruir alguns valores sólidos que ja há algum tempo eu carrego. Até onde vai a minha capacidade de percepção? Quem disse que os julgamentos que eu faço estão bem fundamentados? Hunf Não dá pra ficar esperando todas as coisas começarem no auge, não dá pra só querer arriscar no que lhe parece sólido, concreto. Mania de medo e de racionalizar. Essas coisas não partem da razão, nunca. Início é pura emoção. É perder noite mesmo tendo que acordar 8h no outro dia, é dar risada alta e tudo o que despenteia. Não dá pra perder o timing, ele não volta. E nem adianta querer consolo no "se aconteceu dessa forma, é porque não valia a pena" ou "se não foi, não era pra ser"... engana besta, nesse contexto.


Não me sinto errada, mas saber que perdi oportunidades que, depois, eu percebi que eu queria ou poderia ter aproveitado, parece Levy Viana como trilha sonora de história de amor. Arrrrgh Dia de conflito interno em fase de maturação. Vida de mulher e sentimentos de pré-adolescente. Não quero trair o meu ritmo mas também não quero me arrepender do que não fiz. Queria um relógio perfeito pra mim...






Listen: Time that I've taken. A pray is not wasted. Have I already tasted my piece of one sweet love? Ready and waiting. For a heart worth the breaking. But I'd settle for an honest mistake in the name of one sweet love... [Sara Bareilles]

Um comentário:

Mile Tavares disse...

Doces delícias da vida na Casa Alemã...