sexta-feira, 19 de março de 2010

Andar com fé eu vou...


Das minhas companhias constantes aqui em São Paulo, o sono nunca me deixou na mão. Usufruo bastante dessa válvula de escape que me conforta embalando sonhos bons. Assim parece que o tempo passa menos devagar, que já chega a hora do retorno, da calma, da segurança.


Eu escolhi vir pra SP pra estudar. Foi idéia, comprometimento e persistência única e exclusiva da minha pessoa. Só que preciso assumir: de fato, mudar de cidade nunca foi a minha maior felicidade. Não me enxergava longe da minha vida, pra começar uma outra, novíssima. Mas abandonei meu coração na decisão e parti pra ganhar o mundo, ou a pequena parte dele que me possa pertencer.


Não sou do tipo que se arrepende das decisões que toma, e isso vale pra essa também. Mas há os dias de fraqueza, e digo, não são poucos. Sou da escola do pensamento mas meu coração tá brincando de roda-gigante. Vivo duas vidas que vão alternando o ritmo da roda. Ao se preparar para o início da brincadeira, uma ocupou o carrinho do topo e a outra ficou com o lá de baixo. Logo nos primeiros giros os carrinhos conseguiram se equilibrar, lado a lado... e o operador da máquina deu uma trégua na brincadeira e deixou que eles assim permanecessem por algum tempo. Como o espetáculo da roda não pode parar, rapidamente ele pressiona o star para as vidas assumirem novamente seu momento de alto e baixo.


E assim vou seguindo, certa de que a fé não costuma falhar, aprendendo a conviver com coisas que nunca me atormentaram. Aqui os sentidos são diferentes. A culpa deve ser do frio, que chega congelando tudo, incentivando dores que o calor não me traz. E também não soa confortável saber que ainda vai ficar mais frio... por isso, viva ao sono!

#nowplaying {Tem dias que a gente acorda com medo do escuro, tem dias que a gente dorme sente-se seguro. Então quando a gente acorda e acende a luz pra ver...}